Identificando o Rumo do Sucesso

Cada dia mais percebe-se que o mercado está em constante movimento, seja o mercado financeiro onde as ações sobem e descem dia após dia, ou no mercado de bens e consumo onde a demanda dos clientes se atualiza conforme a tecnologia avança e a tendência de compra se altera. Nesse cenário instável muitas empresas sobrevivem enquanto outras crescem, qual a principal diferença entre elas?

 

Segundo Falconi, a missão de qualquer organização é “satisfazer necessidades de seres humanos”, podemos entender “seres humanos” como: clientes, empregados, sociedade. Para ser uma empresa de sucesso deve-se pensar em como agregar valor aos seus clientes, aos seus empregados e a sociedade, dessa forma o sucesso financeiro será consequência. Como podemos observar, no século XXI, as empresas de sucesso tendem a trabalhar esses três níveis interpessoais, como a Google, Netflix, Spotify.

O Planejamento Estratégico de uma organização define como ela deve trabalhar esses níveis de forma clara e objetiva. Pode-se dividir simplificadamente o planejamento nos três próximos passos iniciais:

1.O primeiro passo para realizar um planejamento estratégico é identificar onde a empresa está, para assim poder definir o caminho que ela deve seguir. Nessa etapa são identificadas qualidades e fraquezas da empresa, deve-se fazer uma análise sóbria para identificar o que está impedindo o desenvolvimento da organização.

2.Em seguida aplica-se o “Golden Circle”, ou seja, é definido o que ela faz, como ela faz, e porquê ela faz. Com esses insumos consegue-se determinar o propósito da organização, ou seja, qual necessidade dos clientes, dos empregados e da sociedade que ela atende.

3.A próxima etapa é definir onde a empresa quer chagar, a visão. Para isso é importante definir o horizonte de planejamento, em quanto tempo a visão será concretizada. Vale ressaltar que a visão deve ser palpável e atingível no tempo determinado.

Identificando onde a empresa está e onde ela quer chegar, o que irá faltar é o caminho do sucesso que liga esses dois pontos, o que se deve fazer para atingir a visão. Para isso é desenvolvido um “mapa estratégico”, uma das ferramentas mais utilizadas para isso atualmente é o BSC (Balanced Scorecard). Com ele a visão é destrinchada em objetivos. Os objetivos devem ser muito bem definidos, pois com o cumprimento dos objetivos consequentemente deve-se atingir a visão.
Os objetivos são divididos quatro perspectivas que abrangem toda a organização, são eles:

  1. Aprendizado e crescimento
  2. Processos
  3. Clientes
  4. Financeiro

A partir dos objetivos são criados indicadores que devem mensurar o quão perto estamos do cumprimento dos objetivos. Com os indicadores definidos devem ser estipuladas metas para eles. A ideia de um mapa estratégico é destrinchar a visão em métricas mensuráveis de desempenho. Quando as metas dos indicadores forem alcançadas, os objetivos serão cumpridos e consequentemente a visão.

A linha lógica é clara, mas o processo de definição de visão, objetivos, indicadores e metas deve ser feito de maneira coerente e cuidadosa. Esse sistema de causa-consequência pode ser comparado ao “efeito dominó”, se um dominó é mal posicionado na fileira os que estão à sua frente não serão derrubados. A mesma coisa quando uma meta, um indicador ou um objetivo é mal definido, se for alcançado não acarretará no cumprimento da visão.
Como Willian Edwards Deming diz:

Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia.

 

Por: Alissa Fumagalli

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