O arranjo físico de uma fábrica é um fator determinante para a produtividade da indústria. Por esse motivo, é muito importante definir com atenção os tipos de layout de produção que serão utilizados.
O layout é a disposição física de todo o maquinário, ferramentas, áreas e demais elementos usados em uma cadeia produtiva. Ele deve cumprir o objetivo de organizar o chão de fábrica para que a distribuição estratégica torne o trabalho de todos mais eficiente e seguro.
Alguns fatores para serem estudados e levados em consideração antes da escolha do layout de produção:
- Quantidade do produto a ser produzido: Quanto maior o volume de peças produzidas, maior a necessidade de automatizar os processos. Nos casos de produtos com alto valor agregado, tende-se a dedicar mais tempo na execução de cada etapa, o que diminui o volume.
- Variedade de produtos que serão produzidos: Quando a fábrica produz diferentes tipos de produtos e/ou produtos com diversas variações, é necessário pensar na flexibilização do arranjo físico de forma a otimizar o tempo gasto nas mudanças.
- Tipo de produto a ser produzido: O tamanho e natureza do produto a ser produzido tem grande impacto no layout da fábrica, por isso, é importante que o espaço de produção se adapte ao produto.
Assim, entender o fluxo de trabalho da empresa, o tipo de item a ser produzido, suas especificações e volume são determinantes na escolha do layout de produção, uma vez que um modelo favorece a padronização e o alto volume, enquanto outro é mais flexível. Independente do modelo escolhido, é essencial organizar as máquinas e postos de trabalhos próximos, com menos distância entre si, para economizar o tempo de percurso, porém, sem esquecer de reservar as áreas de segurança.
Conheça neste artigo os quatro principais modelos que podem ser implementados em indústrias.
Quais são os tipos de layout de produção?
Há quatro tipos de layout de produção e cada um deles auxilia de alguma forma o fluxo de processos diários da empresa.
Confira como cada um deles funciona!
1. Layout funcional
No layout funcional, os processos são divididos por tipo, ou seja, se um produto precisa ser cortado, pintado, soldado, dividido, embalado, etc, a cada momento ele é encaminhado para um setor exclusivo para cada função, onde todo o maquinário específico para isso.
Esse modelo é muito utilizado para a produção em lotes. Por exemplo, produção de diferentes tipos de pisos.
As indústrias que fabricam diversos produtos diferentes em uma mesma fábrica costumam utilizar mais esse modelo.
No layout por processo/funcional, temos uma grande flexibilidade da produção, uma vez que o produto pode percorrer fluxos diferentes de acordo com a necessidade. Outras vantagens são a supervisão especializada por processo, a redução da vulnerabilidade de máquinas paradas, uma vez que elas estão agrupadas e podem ser substituídas com maior facilidade, e a possibilidade de trabalhar com alto volume de produção.
Por outro lado, como desvantagem, podemos citar a distância percorrida pela peça ao longo do processo, entre as estações de trabalho, que pode gerar um fluxo complexo e aumentar o lead time.
2. Layout linear
O método linear é aquele no qual as máquinas são dispostas lado a lado. Ele é bastante comum em sistemas de produção em massa, que fabricam uma variedade pequena de produtos, porém em grande escala. Ou seja, esse layout é mais indicado para indústrias focadas em um tipo exclusivo de mercadoria, por exemplo: o papel.
Geralmente, no formato linear há sequências repetitivas, sempre com os mesmos comandos, o que favorece a padronização e automatização de processos. Afinal, quando uma etapa é finalizada, outra começa e assim por diante. Inclusive, na maioria das vezes, os equipamentos ficam interligados por esteiras, aumentando a produtividade.
A desvantagem é que se uma fase estiver com problemas ou sofrendo com lentidão, todas as outras seguintes serão afetadas.
3. Layout celular
O layout celular é uma espécie de junção entre o linear e o funcional. Isso porque ao mesmo tempo em que há divisão por setores, ele visa diminuir o tempo que leva para o produto atravessar a linha de produção ou montagem.
Ele tem esse nome, pois as células de produção conseguem desenvolver vários materiais diferentes de forma rápida e flexível. E cada uma delas executa o processo completo de fabricação em um mesmo local, sem precisar de grandes movimentações.
Como vantagens desse modelo, temos a menor distância entre as operações, o que reduz o tempo morto do processo, redução do custo variável de produção, o que barateia o produto, ao mesmo tempo em que permite a produção em massa. A padronização das máquinas e o consumo constante de material permitem ter maior controle da produtividade e redução dos estoques.
Porém, umas das principais desvantagens é a baixa variedade de produtos produzidos, já que a célula é especializada para fazer um produto ou família específico. O processo em linha dentro da célula faz com que todo o trabalho pare caso haja um problema em uma das áreas, dessa maneira, as estações precisam ser bem supervisionadas para que o ritmo da produção seja constante.
4. Layout posicional
A distribuição deste layout é feita com base na posição do produto, pois diferentemente dos outros modelos, nesse a mercadoria fica parada enquanto os colaboradores trabalham nele. Por exemplo, a fabricação de navios, aeronaves, entre outros itens de grande porte, no qual a movimentação é prejudicial à montagem.
Portanto, é mais comum encontrar nesse método máquinas que auxiliam a movimentação dos operadores ao redor do produto.
Esse layout possui alto valor agregado e baixa produção em termos de volume. A vantagem desse desenho é o fácil acesso ao produto para fazer as alterações necessárias, a possibilidade de terceirização de grande parte do projeto e a implementação de técnicas e softwares de controle da produção.
Já como desvantagem é possível citar o alto custo em relação a movimentação do produto, necessidade de galpões e áreas com dimensões proporcionais ao que será produzido e baixo volume de produção e padronização.
Agora que você conhece os tipos de layout, continue lendo o blog da EJEP para aprender como e porque fazer melhorias na linha de produção!