Os reais desperdícios na produção de alimentos

Muito se culpa o consumidor pelo não aproveitamento de alimentos. Mas qual o verdadeiro impacto que a indústria tem nisso?

 

Em 2012, o desperdício total da produção agrícola chegava a 30% – “significa que a cada 3 kg de alimento produzido, quase 1 kg vai para o lixo!“. Muitas vezes é difícil reduzir esse número, mas será que todas as empresas estão trabalhando da maneira correta para ter a melhor eficiência nesse quesito?

Taichii Ohno, o pai da filosofia do Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), procurava dividir o desperdício em 7 áreas, trabalhando pontualmente em cada uma a fim de eliminar o máximo de perda possível, tudo isso com a filosofia do Kaizen (Melhoria Contínua) internalizada na cultura da empresa. São os desperdícios:

    • Estoque:

Matéria-prima ou produto acabado parados, estoques não planejados, podendo levar ao vencimento da data de validade, ou seja, desperdício por produtos estragados;

    • Esperas:

Tempo de ciclo diferente entre as operações, produzindo estoques intermediários e até a perda de material nesse processo;

    • Transporte:

Layout ou rotas mal planejados, dando margem à perda de tempo e matéria prima no transporte;

    • Movimentação:

Postos de trabalho mal planejados ou desorganizados, podendo causar erros no processo do operador;

    • Processamento Impróprio:

Processos que não agregam valor no produto para o cliente, desperdiçando tempo e recursos;

    • Defeitos:

Erros de configuração, problema na máquina, erro humano. Na indústria alimentícia, muitas vezes é o foco das perdas.

    • Superprodução:

Causa todos os outros, aumentando o desperdício no processo e criando produtos que não vão ser consumidos. No setor, acaba sendo crucial, principalmente quando relacionado a produtos perecíveis.

 

 

Geralmente o empreendedor foca em eliminar o desperdício por defeito no processo, quando na realidade, o problema está em toda a cadeia produtiva.

Ferramentas como o PPCP (Planejamento Programação e Controle da Produção) e a Gestão de Estoques podem dar uma visão melhor e trazer mais resultados a curto e médio prazo, como por exemplo, na previsão da demanda, calculando a quantidade de produto que deve ser produzida.

Sabendo o que deve ser trabalhado, fica muito mais fácil focar no que vai realmente impactar na eficiência produtiva da empresa. Seja o fornecimento, as perdas durante o processo ou a entrega do produto. Muitas vezes o desperdício está mascarado de incontáveis outras formas. Trazemos nessa case de sucesso um exemplo de implementação de redução dos desperdícios.

Tem interesse? Contate-nos!

 

Por Davi Terra.

 

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